Não… Hoje eu não tomei um banho, não coloquei a roupa mais cara, não passei perfume e muito menos um corretivo nas olheiras. Fui ao cinema com um figurino bem confortável para que pudesse correr do maior macaco cinematográfico: King Kong!
E é sobre seu mais novo filme que vou comentar.
Kong: Ilha da Caveira não é uma sequência do original e muito menos um prequel (sequência anterior ao original). É apenas mais um filme do gorila gigante.
Este personagem já é conhecido por muitos, posso afirmar que até por todos e, por isso, sua aparição nesta nova película não demora 5 segundos. O que é ótimo. Afinal, uó são aqueles filmes de monstros, ET’s ,crocodilos gigantes e tubarões famintos que só aparecem nos últimos 2 dos 140 minutos de película. Quando o peludão apareceu na tela, lá estava eu, sentado na poltrona, honrando sua aparição. Algo mais ou menos assim:
O filme acontece no ano de 1970, logo após a guerra do Vietnã. O cientista Fred Flintstone – sim, é o mesmo ator (John Goodman) – diz a um político, que já estava atoladinho com as aventuras sem lucros desse cientista, ter encontrado uma ilha cuja existência era desconhecida pelo homem. Todos que tentaram chegar até ela desapareceram. Embarcações sumiram, aviões caíram. Flintstone acredita que nesta ilha encontrará flora e fauna jamais vista pelo homem. O político nega o financiamento de mais uma peripécia, concordando apenas após o sócio, colega, sei lá o que aquele homem (Corey Hawkins) é do tio Fred, diz que em 3 dias os russos teriam o conhecimento dessa ilha e poderiam usá-la para algo pior.
Hollywood não é o BOPE, mas missão dada é missão cumprida. Em apenas 2 dias, a dupla de cientistas consegue juntar um batalhão militar, – QUE ESTAVA ESPALHADO PELO VIETNÃ, CHINA, JAPÃO, ÁFRICA, AFEGANISTÃO – liderado pelo Nick Fury (Samuel L. Jackson), uma fotógrafa profissional, a Capitã Marvel (Brie Larson) e um rastreador do cão, Loki (Tom Hiddleston). Pronto, estamos em um filme da Marvel – só que não.
Chegando lá de helicóptero, eles soltam bombas sensoriais para medir o solo, o que na verdade desperta o Kong, que sai furioso e derruba tudo, lacrando as inimigas. Os sobreviventes caem em localizações diferentes da ilha, fazendo com que o filme passe a ter foco no reencontro.
O que eu achei? Achei minha decepção do tamanho de Kong, que foi exageradamente refeito em grandes proporções. Mesmo com apenas 1h50m de filme, prefiro MIL VEZES a versão do incrível Peter Jackson, de 2005, com seus 187 minutos de filme. Sim, 3 HORAS DE FILME!
Nada novo nos é apresentado nesta nova franquia. Kong, que ainda é jovem e não se sente rei, por isso a falta proposital de KING no título, luta com lagartos gigantes bípedes, além de outros seres de Itu como grilos, formigas e aranhas. Essa última me fez pegar meu celular, abrir o aplicativo Bíblia e rezar. Sou aracnofóbico. Odeio aranhas. Em todos os sentidos.
E ai? Dá ou não pra ver?
Sinceramente, não. Se Kong fosse real, ele jamais se submeteria a um filme como esse. Um detalhe importante é que esse filme só foi feito porque em 2019 teremos outro filme do Godzilla – PARA QUE, BERENICE? ME DIZ? – e em 2020, GODZILLA VS KONG! Alguém avisa para a indústria que esse negócio de um VS outro não dá certo? Tivemos Freddy vs Jason – e quem saiu perdendo foi a gente -, Alien vs Predador – que preferi que ficassem no espaço. Então, esperem alguém comprar o Blu-ray, ou se for um amigo mais humilde, o DVD. Esperem a estreia na Netflix, no Telecine Play, no xvideos. Mas caso queiram ir, fiquem até o final. Tem uma cena após os créditos que mostrará o real motivo do filme.
Beijos decepcionados e até semana que vem!
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